Que batuta, o Col. Chris Hadfield, o astronauta pop, lançou um livro que ganhou tradução em português: Guia de um Astronauta para viver bem na Terra.
Tem na Livraria Cultura e em inglês na Amazon.
Prefiro construir pontes a muros
por Celso Bessa
Que batuta, o Col. Chris Hadfield, o astronauta pop, lançou um livro que ganhou tradução em português: Guia de um Astronauta para viver bem na Terra.
Tem na Livraria Cultura e em inglês na Amazon.
por Celso Bessa
Eu caí na besteira de ver este vídeo perturbador antes de dormir e tive uma noite horrível. Pensei muito se deveria publicar ou não e decidi que sim, pois mais gente deveria ficar perturbada por ele e ajudar a pensar que tipo de polícia queremos.
Eu acho que uma força policial é necessária, mas nãoo acho que deva ser uma força policial militar, especialmente nos moldes e nos dogmas da Polícia Militar que temos hoje.
Também não acho que todo policial seja um crápula, embora a imensa maioria das minhas experiências com polícia tenham sido ruins (e não só a militar). Mas creio mesmo pessoas bem intencionadas ali estão sujeitas ao dogmas e à influência de sádicos e vão se insensibilizando, introjetando a forma errônea de pensar e agir, assumindo o paradigma nefasto que temos hoje. Algo que se torna pior quando se pensa a pressão e os perigos aos quais os policiais estão sujeitos, sem a devida formação (cultural, intelectual, física, tática, etc), sem os devidos equipamentos, sem o devido salário e dignidade (problema aliás, da imensa maioria dos trabalhadores brasileiros).
Espero mesmo que o vídeo choque e desperte algumas pessoas para o problema que é polícia nos moldes atuais e, nos policiais com alguma boa vontade, que repensem seu papel. E aos dois lados, que se perguntem, a quem interessa ver um ao outro como inimigos e prolongar a bárbarie. PS: Os comentários estão fechados para evitar polêmica pela polêmica.
por Celso Bessa
Telefone toca, 10h20. Já suspeitando que seja telemarketing procurando vender para a patroa algo que ela não quer, atendo laconicamente:
– Alô?
Barulho típico de empresa de telemarketing ao fundo. Do outro lado, uma voz estridente pergunta:
– Alô? Por favor a senhora Heloisa…
Fico mais lacônico e dou um tom mais triste à minha voz:
– He… loísa? Quem gostaria de falar com ela?
– É a Daniele, da Live/Tim.
Meu tom agora é quase choroso, baixo. Entre fungadas e inspirações profundas, respondo lentamente:
– A… a Heloisa… não está e… nunca mais estará. Nem aqui… (inspiro e expiro devagar, a tempo de impedi-la de falar) nem em lugar nenhum entre nós… (engolida de choro)… desculpe… desculpe…
5 segundos de silêncio e escuto um “obrigado” constrangido. A ligação cai e vou para o escritório mais contente.
E a Heloisa vai muito bem, obrigado.
por Celso Bessa
Foto feita no Complexo Penitenciário do Carandiru, em São Paulo, em 2001. Vistos de longe ou através das telas, lentes e opiniões de outros, os presidiários são todos sem nome, inumanos e iguais. Mas quando você visita um presídio como foi o Carandiru e vê como cada porta, cada cela é arranjada, decorada ou trabalhada para tornar aquela vida menos indigna, mais suportável e mais próxima de vida de verdade, você vê que ali existiam/em pessoas de verdade, com histórias, desejos e necessidades iguais às dos que estão do lado de fora.
Existe a idéia de que há muito conforto, do bom e do melhor, nos presídios, mas isto acontece para uma minoria. A real, é que estar num presídio brasileiro não é o tipo de coisa que se deseja a qualquer humano. Só de ver, ouvir e cheirar o ambiente, mesmo depois de desativado, te faz ver as coisas de uma perspectiva muito diferente, o quão indigno aquilo é. E como qualquer cigarro para aliviar a tensão, qualquer gambiarra para ter um pouco mais de conforto ou qualquer página de revista para decorar uma porta pode tornar um pouco mais leve a vida nestas fábricas de ódio. Foto em https://secure.flickr.com/photos/celsobessa/14566973464/in/photostream/
por Celso Bessa
Se vivo estivesse, Franz Kafka, autor de A Metamorfose e O Processo, faria hoje 102 anos.
“Certa manhã, ao despertar de sonhos intranquilos, Gregor Samsa encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso. Estava deitado sobre suas costas duras como couraça e, quando levantou um pouco a cabeça, viu seu ventre abaulado, marrom, dividido em segmentos arqueados, sobre o qual a coberta, prestes a deslizar de vez, apenas se mantinha com dificuldade. Suas muitas pernas, lamentavelmente finas em comparação com o volume do resto de seu corpo, vibravam desamparadas ante seus olhos.
‘O que terá acontecido comigo?’ ele pensou.
Tradução de Marcelo Backes para a L&PM”
(Fonte: Milton Ribeiro)
por Celso Bessa
Greenpeace, Electronic Frontier Foundation (EFF) e Tenth Amendment Center (TAC) sobrevoam centro de informações da NSA com dirigível para protestar contra espionagem em massa feita pela agência americana, revelada por Edward Snowden e Green Grenwald.
por Celso Bessa
Na foto acima, vemos a bota do milico trocando passe com os pés descalços? A política batendo bola com o futebol? É uma lembrança de nosso passado, ou um vislumbre do futuro?
É serendipidade, acaso ou apenas Rorscharch nestas duas fotos aparecerendo lado a lado no Jornal da Fotografia hoje? De qualquer forma, fica evidente o quão importante é a fotografia como registro da história, mesmo que seja uma ilusão ou uma tentativa vã de capturar o espírito do tempo.
E que tempos…
“Todos juntos vamos, pra frente Brasil, salve a seleção.”
(Pra frente Brasil, ufanismo em música de Miguel Gustavo, 1970)
“Brasil. Ame-o ou deixe-o.”
(Slogan nacionalista criado durante o governo Medici, que durou de 1969-1974)
por Celso Bessa
Já declarei meu gosto pela obra do suíco H.R. Giger, em diversas oportunidades, incluindo em podcast do A Vida Secreta em parceria com o Moda Sem Frescura (ouça aqui).
O impacto de sua obra na ficção científica e no terror é indiscutível, e seu estilo visual, cheio de fetiche e terrores biomecânicos, é um dos elementos mais fortes num dos filmes que mais me impactaram, Alien, de Ridley Scott.
Então… descanse em paz, H.R. Giger. Obrigado por tudo.
por Celso Bessa
Um dos melhores álbuns “ao vivo” que já ouvi é o Under a Blood Red Sky, do U2. Curto, simples, arroz com feijão bem feito, reunindo algumas das melhores músicas da primeira fase do quarteto irlandês num cenário incrível.
O Bono desde sempre teve aquela pegada “eu sou o messias” nas suas performances, mas aqui, ao menos para mim, ainda tem um certo charme e parece honesto. Ao contrário do estilo messias “poser” de hoje.
Dá para ouvir no YouTube:
E tem em DVD na Cultura e uma edição “de luxo” com CD + DVD na Amazon .
por Celso Bessa
Mais um artigo interessante sobre criptomoedas (cryptocurrency), agora no The Next Web, sobre como moedas como o Bitcoin podem conter o crescimento dos governos.
Em inglês em http://thenextweb.com/insider/2014/04/16/philosophical-cryptocurrency/